A mãe de santo que foi filmada por bandidos na Baixada Fluminense sendo obrigada a quebrar as imagens de seu terreiro de candomblé em Nova Iguaçu pediu ajuda da Secretaria de Direitos Humanos do governo fluminense para retirar seus pertences pessoais do local. Ela deverá ser escoltada pela polícia. Por medida de segurança, sua identidade está sendo preservada, assim como a data do retorno ao terreiro.
Esta semana, redes sociais e meios de imprensa mostraram a senhora, de costas, quebrando imagens da religião de matriz africana a mando de homens que estariam armados. Sete homens armados teriam entrado no terreiro durante uma sessão e obrigado os filhos de santo a deixar o local e arrebentar suas guias, um colar usado como proteção e devoção religiosa.
"Rebenta as guia tudo. Todo mal tem de ser desfeito", diz um homem, que ainda afirma: "A senhora é que é a demônia-chefe". Testemunhas disseram à rádio CBN que os agressores urinaram nos símbolos religiosos.
De duas semanas até esta quinta (14), a Secretaria de Direitos Humanos recebeu oito denúncias de violações de terreiros. Sete foram confirmadas e a oitava está sob apuração.
De duas semanas até esta quinta (14), a Secretaria de Direitos Humanos recebeu oito denúncias de violações de terreiros. Sete foram confirmadas e a oitava está sob apuração.
Em entrevista ao BuzzFeed Brasil, o secretário estadual de Direitos Humanos do Rio, Átila Nunes, afirmou que esse número é inferior à realidade. "Existe uma subnotificação muito forte dos casos de intolerância religiosa e, para fazer o registro policial, há ainda muito medo", disse ele.
Nunes disse que as agressões são fruto de "um conluio entre traficantes e falsos religiosos"
Fonte: buzzfeed.com
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